domingo, 10 de abril de 2011
Tamanduá é espancado e jogado no lixo no Pará
Um tamanduá-mirim foi espancado neste domingo (10/04/2011) e jogado ainda vivo numa lixeira no bairro Liberdade, na área urbana de Marabá, sudeste do Pará. “É chocante presenciar tamanha violência gratuita com a vida de um animal inocente”, afirmou a veterinária Christina Whiteman, chefe do Núcleo de Fauna da Gerência Executiva do órgão na cidade, que vem tentando com uso de antibióticos, anti-inflamatórios, suplementos vitamínicos e alimentação especial salvar a vida do pequeno mamífero desde o final de semana.
Um telefonema anônimo avisou o Corpo de Bombeiros dos maus-tratos. Acharam o animal agonizando em um monturo na rua Brasil, área carente de Marabá. Levado ao Ibama, o tamanduá recebe desde domingo tratamento veterinário e, ainda hoje, corre grande risco de morrer. Segundo Christina, não há fratura evidente, mas o estado letárgico do animal, associado ao sangramento pelo nariz e as várias escoriações pelo corpo indicam que pode haver danos internos, principalmente na cabeça.
O tipo de ferimento indica que ele pode ter sido ferido por paus ou pedras. “Infelizmente, não é o primeiro caso de ataque gratuito contra animais aqui na região”, lamenta a veterinária. Somente este ano, um homem testemunhou quando um motorista atropelou propositadamente uma sucuri que passava lenta pela estrada e os bombeiros salvaram outro tamanduá-mirim que estava sendo apedrejado por crianças. Mês passado, um tatu também foi alvo de violência praticada por crianças. Uma moradora do bairro Liberdade revelou que apedrejar iguanas, por exemplo, é “diversão” frequente dos jovens de lá.
“Estamos orientando a população que ferir animais é considerado crime pela lei. E reforçando, que, mesmo aqueles que possam oferecer risco à população não devem ser feridos ou mortos, como serpentes e jacarés. Em caso de risco, os bombeiros e órgãos ambientais devem ser chamados para retirada do animal. Mas precisamos da conscientização e apoio de todos, cidadãos comuns e profissionais da área ambiental, para tentar mudar esse cenário de violência contra os animais. Os valores de respeito à vida também devem ser transmitidos às crianças por suas famílias”, diz Christina.
(Ascom Ibama/PA)
FONTE: DOL
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